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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Jacque ficará dois meses fora do Mundial; Silvana avança em Bells

Catarinense fraturou a rótula em acidente de carro antes da segunda etapa da temporada e, segundo a ASP, deve perder outros três campeonatos

Jacqueline Silva ainda não sabe se precisará operar o joelho, fraturado em um acidente de carro em Torquay, mas não poderá competir nos próximos dois meses. Com isso, ela perderá quatro das sete etapas do Circuito Mundial: a de Bells, a de Taranaki, na Nova Zelândia, a de Sydney e a do Rio de Janeiro. Jacque continua internada em um hospital em Geelong. A segunda etapa da temporada começou nesta madrugada, e a outra brasileira na competição, Silvana Lima, se classificou às oitavas.

De acordo informações do diretor do circuito, Renato Hickel, Jacqueline teve, além da rótula fraturada, um corte na perna. Ela ocupa a nova posição do ranking mundial.

Jacque foi substituída pela australiana Nikki Van Dijk. Nikki terminou na terceira e última posição da bateria em que Pauline Ado surpreendeu a também havaiana Carissa Moore, campeã da etapa da Gold Coast.
Silvana Lima tinha competido um pouco antes, na segunda bateria do dia. A cearense não teve dificuldade para vencer a australiana Laura Enever e a havaiana Melanie Bartels. Somou 14,94 pontos, terceira maior média do dia.

Silvana lima se quassifica pras oitavas
A maior soma foi a da australiana Stephanie Gilmore, tetracampeã mundial e defensora do título da etapa. Steph fez 16,30 pontos para derrotar a americana Courtney Conlongue (9,00) e a havaiana Bethany Hamilton (6,50), surfista que, em 2003, perdeu o braço esquerdo ao ser atacada por um tubarão.
Resultados da primeira fase:
1: Sofia Mulanovich (PER) 12.93, Chelsea Hedges (AUS) 8.70, Jessi Miley-Dyer (AUS) 8.66
2: Silvana Lima (BRA) 14.94, Laura Enever (AUS) 8.84, Melanie Bartels (HAV) 7.54
3: Pauline Ado (HAV) 14.60, Carissa Moore (HAV) 14.44, Nikki Van Dijk (AUS) 10.63
4: Stephanie Gilmore (AUS) 16.30, Courtney Conlogue (eua) 9.00, Bethany Hamilton (HAV) 6.50
5: Sally Fitzgibbons (AUS) 16.10, Alana Blanchard (HAV) 12.83 Paige Hareb (NZL) 7.47
6: Coco Ho (HAv) 12.90, Tyler Wright (AUS) 12.00, Pauline Ado (FRA) 6.37

Em condições extremas, brasileiro é vice no Mundial em Margaret River

Depois de derrotar Guilherme Tâmega nas quartas e atual campeão do mundo nas semis, Magno Oliveira cai diante do australiano Ryan Hardy na final

Com ondas de até cinco metros, Margaret River testou os melhores bodyboarders do mundo no último dia da segunda etapa do Circuito Mundial. Um brasileiro chegou até a decisão, mas bateu na trave. O capixaba Magno Oliveira derrotou dois campeões mundiais e parou diante de Ryan Hardy. O australiano, de 31 anos, faturou o título e assegurou a segunda colocação do ranking.

Depois de um dia de folga, os bodyboarders voltaram a entrar em ação nesta quarta-feira. Na terceira bateria das quartas, Magno derrotou Tâmega, hexacampeão do mundo, e, nas semis, despachou o número 1 de 2010, Amaury Levernhe, das Ilhas Reunião. Foi sua primeira final em etapas do Circuito Mundial.
É o melhor resultado da minha vida. Esse tipo de onda é a tipo de que eu gosto. Estão gigantes e perigosas. Nunca vi nenhum outro esporte ser disputado nessas condições. Estou orgulhoso por ser bodyboarder e por dias dias como esse – disse Magno.
Magno foi o principal beneficiado pelo novo formado do Circuito Mundial, nos moldes do surfe. Ele perdeu na primeira fase, mas conseguiu sobrevida na repescagem. Nas oitavas de final, fez a maior soma do campeonato (17,75).
bodyboard_GuilhermeTamega_MargaretRiver_IBA_Specker (Foto: IBA Specker)
Tâmega se desequilibra (Foto: IBA Specker)
Tâmega se desequilibra (Foto: IBA Specker)
Nesta quarta, Magno voltou a fazer a maior pontuação do dia: 16,75 pontos nas semifinais, contra Levernhe. Na final, Hardy levou a melhor sobre o brasileiro e comemorou com a esposa, Leah, e o filho recém-nascido, Oliver.
- Milagres acontecem. Passei por vários milagres para chegar à final.
Na primeira etapa da temporada, em Pipeline, no Havaí, o campeão foi o local Jeff Hubbard. A próxima começa no dia 20, em Arica, no Chile.


Final
Ryan Hardy (AUS) 15.15 x Magno Oliveira (BRA) 7.35
Semifinais
1: Ryan Hardy (AUS) 14.85pts x Mark McCarthy (AFS) 10.95
2: Magno Oliveira (BRA) 16.75 x Amaury Lavernhe 12.35
Quartas de final
1: Ryan Hardy (AUS) 13.35 x Dallas Singer (AUS) 3.35
2: Mark McCarthy (AFS) 13.30 x Jared Houston (AFS) 11.95
3: Amaury Lavernhe (REU) 12.00 x Jeff Hubbard (Haw) 10.90
4: Magno Oliveira (BRA) 14.50 x Guilherme Tamega (BRA) 11.75

Entrevista com Heitor Alves no Rip Curl Pro Bells 2011

Entrevista com Alejo Muniz no Rip Curl Pro Bells 2011

Alejo Muniz, Heitor Alves e Mineirinho avançam na estreia em Bells Beach

Gabriel Medina, Raoni Monteiro e Jadson André vão para a repescagem


Alejo avançou sem sustos em Bells (Foto: ASP)
Três surfistas brasileiros abriram com o pé direito a segunda etapa do Circuito Mundial de surfe, em Bells Beach, na Austrália. No primeiro dia de competição, Alejo Muniz, Heitor Alves e Adriano de Souza, o Mineirinho, fizeram bonito e avançaram direto para a terceira fase. Raoni Monteiro, Gabriel Medina e Jadson André esbarraram em seus adversários nas baterias iniciais e vão disputar a repescagem.
Alejo precisou de oito minutos para remar em sua primeira onda. Perdeu o equilíbrio e caiu. Outros oito minutos, e o jovem de 21 anos tentou de novo. Desta vez, conseguiu ótimas manobras (nota 6,83), mas quebrou a prancha. Nada que desanimasse. Alejo correu para a praia, trocou a prancha e teve tempo de conseguir só mais uma chance. Aproveitou, alcançou 13,23 na somatória e venceu a primeira bateria.
O resultado o coloca na terceira fase, enquanto o australiano Adrian Buchan (11,26) e o também brasileiro Raoni Monteiro (7,37) caem para a repescagem. "Ace" Buchan ainda ameaçou no fim da sessão, igualando a melhor nota de Alejo (6,83), mas ainda ficou precisando de 6,40 para virar. Ao sair da água, Alejo comemorou muito o resultado e disse estar muito feliz em Bells.
- É surreal. Eu não estava esperando esse resultado. É minha primeira vez em Bells, que é um lugar sensacional. É o tipo de onda que adoro surfar. Quebrei minha prancha na primeira onda e só peguei duas ondas na bateria. Corri o mais que podia (para trocar de prancha), tentei pegar mais uma onda porque sei que era importante. E só peguei essas duas em toda a bateria.

O brasileiro Heitor Alves também avançou à
terceira fase (Foto: Divulgação / ASP)
Heitor Alves espera e avança
Com uma tática de escolher poucas e boas ondas, Heitor Alves foi outro brasileiro que avançou para a terceira fase em Bells. O cearense remou apenas três vezes e se deu bem em todas. Com uma somatória de 14,36, ele deixou para trás o australiano Owen Wright (10,60) e o americano Bobby Martinez (14,14) - ambos vão para a repescagem.
- Nunca havia vencido uma bateria em Bells antes. Contra Bobby e Owen, então, foi bom demais. Esperei pelas melhores. Antes da minha bateria, vi Raoni e Alejo esperando e acho que fiz o mesmo. Deus ficou do meu lado e mandou boas ondas para mim.
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Mineirinho passa sem sustos
Na penúltima bateria do dia, Adriano de Souza passeou. Mineirinho arrancou um 7,77 e um 6,83. O somatório de 14,60 foi suficiente para ele liderar a bateria com tranquilidade e pular direto para a terceira fase. O australiano Chris Davidson somou 10,83 com uma boa onda nos últimos minutos, mas não foi o suficiente para alcançar o brasileiro. Caiu para a repescagem ao lado do compatriota Julian Wilson, que somou 9,83.
Gabriel Medina, que foi a Bells convidado pelo patrocinador, não teve sorte. Sorteado para a quarta bateria, mesma do português Tiago Pires e do australiano Mick Fanning, o brasileiro viu o bicampeão mundial (2007 e 2009), somar 15,60, melhor pontuação do dia até então, e mandar os rivais para a repescagem. Medina somou 9,27, e Pires conseguiu 11,07.
O último brasuca a cair na água foi Jadson André, na bateria que fechou o dia da competição masculina em Bells. Ele conseguiu um somatório 9,43, suficiente para superar o americano Brett Simpson (8,93), mas não para bater Patrick Gudauskas, também dos Estados Unidos.


Confira as baterias da primeira fase em Bells Beach:

Bateria 1
Alejo Muniz (BRA) 13,23
Adrian Buchan (AUS) 11,26
Raoni Monteiro (BRA) 7,37
Bateria 2
Adam Melling (AUS) 14,50
Josh Kerr (AUS) 12,30
Taj Burrow (AUS) 11,00
Bateria 3
Heitor Alves (BRA) 14,36
Bobby Martinez (EUA) 14,14
Owen Wright (AUS) 10,60
Bateria 4
Mick Fanning (AUS) 15,60
Tiago Pires (POR) 11,07
Gabriel Medina (BRA) 9,27
Bateria 5
Stu Kennedy (AUS) 11,70
Dusty Payne (HAW) 10.50
Jordy Smith (ZAF) 9,00
Bateria 6
Kelly Slater (EUA) 16,00
Kai Otton (AUS) 10,13
Adam Robertson (AUS) 8,53
Bateria 7
Jeremy Flores (FRA) 13,17
Cory Lopez (EUA) 5,83
Taylor Knox (EUA) 4,67
Bateria 8
Michel Bourez (PYF) 12,60
Kieren Perrow (AUS) 10,20
Gabe Kling (EUA) 5,50
Bateria 9
Matt Wilkinson (AUS) 14,60
Damien Hobgood (EUA) 11,23
Daniel Ross (AUS) 11,07
Bateria 10
Joel Parkinson (AUS) 17,74
CJ Hobgood (EUA) 11,44
Bede Durbidge (AUS) 8,17
Bateria 11
Adriano de Souza (BRA) 14,60
Chris Davidson (AUS) 10,83
Julian Wilson (AUS) 9,83
Bateria 12
Patrick Gudauskas (EUA) 13,40
Jadson André (BRA) 9,43
Brett Simpson (EUA) 8,93