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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Delta do Parnaíba tem novo tipo de surfe e preservação das tartarugas

Stand-up surf é a nova mania na região, que fica na divisa do Piauí com o Maranhão, e se destaca também pela luta para manter a fauna local



Na divisa entre os estados do Piauí e do Maranhão, o Delta do Parnaíba é uma região de manguezais, dunas, ilhas fluviais e diversas paisagens. A repórter Roberta Garcia foi conhecer as opções de esporte na região .
A nova sensação na região é o stand-up surf. Na modalidade, o praticante fica em pé sobre a prancha e se locomove com a ajuda de um remo.
- O legal é ter contato bem próximo com a natureza, com o manguezal, poder dar uma passeada com os amigos, curtir - afirmou Matheus Portela.
No entanto, o stand up não é a única opção de esportes radicais, principalmente durante o inverno.
- Durante o verão não é muito legal, porque o mar fica muito agitado. No período do inverno, tem ondas muito boas, perfeitas, com bons tubos - disse o surfista Hebert Freitas, conhecido como Quadrado.
Na região também se destaca o projeto Tartarugas do Delta, que busca a preservação das tartarugas marinhas. O próprio Quadrado participa da ação:
- A gente conscientiza as pessoas para não jogarem lixo nas praias, porque a natureza foi feita para ser vista, e não para ser destruída.
Para o coordenador de Comunicação do projeto, Francisco Brandão, acredita que a participação da comunidade é essencial para o sucesso da iniciativa:
- O projeto de preservação ambiental acontece envolvendo a comunidade. Tem o Quadrado, que é surfista, pescadores, gente está todo dia na praia, que mora na praia. A importância é crucial, porque são eles quem tem o primeiro contato com o animal

Gabriel Medina perde na última onda e se despede da etapa de Trestler

Estreante na elite leva virada do australiano Josh Kerr


Gabriel Medina pecou no último minuto e teve de amargar uma derrota na terceira fase em Trestles. Estreante na elite, o surfista de 17 anos liderou durante a maior parte do duelo, mas viu o australiano Josh Kerr virar e passar às oitavas da etapa, sétima do Circuito Mundial. O Brasil segue com Adriano de Souza, o Mineirinho, e Heitor Alves.
Medina tirou 5,43 na primeira onda e, na segunda, não completou um aéreo. Na terceira, tirou 6,40 e se manteve na ponta. O australiano tinha apenas 5,83 e 1,53. Em uma das ondas, quebrou a prancha e saiu da água para pegar outra. Precisava de 6,01 para virar.

Nos últimos minutos, Medina tinha a prioridade. Duas ondas se formaram, e ele remou para a primeira. O australiano esperou a segunda e conseguiu a virada: 6,50.
Surfe Gabriel Medina Trestles primeira fase (Foto: ASP)
Medina para na terceira fase em Trestles (Foto: ASP)

 

 

Mineirinho vira no fim, vai às quartas e dpois bate boca com Slater

Paulista número 5 do mundo vence bateria acirrada contra Taj Burrow. Americano líder do ranking manda Heitor para a repescagem em Trestles


Uma prancha quebrada nas pedras, uma marcação cerrada de Taj Burrow e uma virada no último minuto. Na comemoração, um bate-boca com Kelly Slater. Adriano de Souza, o Mineirinho, virou contra o australiano e se classificou direto para as quartas de final. O francês Jeremy Flores também caiu. Mordido, o americano decacampeão do mundo e líder do ranking entrou na água e mandou o cearense Heitor Alves e o aussie Josh Kerr para a repescagem em Trestles, sétima etapa do Circuito Mundial.

- Sempre que eu compito contra o Kelly ele reclama que eu fico impregnando. Só falei para ele: “Viu o que o Taj fez?”. Quando eu faço, todo mundo reclama. Foi mais para falar para ele que isso faz parte do jogo. Está nas regras - disse o brasileiro, quinto do ranking.

Já Slater ...
- Não entendi nada. Ele ficou gritando comigo por um minuto - disse Slater.
Surfe Adriano de Souza Mineirinho Trestles primeira fase (Foto: ASP)
Mineirinho trocou de prancha e se garantiu nas quartas de final em Trestles (Foto: ASP)
Mineirinho surfou a primeira onda com uma prancha azul e tirou 8,60. Saiu da água, trocou de prancha e, com uma verde, pegou a segunda onda: 5,00. Saiu novamente e voltou a usar a prancha azul. A esta altura, Taj, que tinha um 7,00, conseguia um 8,10 para ir à ponta. Logo depois, ampliou a liderança com uma nota 7,83.
Para virar, Mineirinho precisaria achar uma onda que rendesse a ele 7,33 pontos. Jeremy corria atrás de 9,70. Primeiro o brasileiro tentou com um aéreo, mas ganhou somente 5,87. A dois minutos do fim, o brasileiro remou para uma direita, deu dois aéreos, o último deles rodando. Saiu da onda comemorando, e os juízes soltaram a nota da virada: 7,73.
- Foi uma das melhores baterias que já fiz na vida. Desta vez eu estou brigando, é minha oportunidade, por isso jogo para cima mesmo.
Slater descontou a raiva em Heitor Alves e Josh Kerr. Tirou 7,00 e 8,90 e venceu a dupla com tranquilidade, garantindo seu lugar nas quartas.
Na bateria seguinte, o australiano Owen Wright travou uma boa batalha com o americano Damien Hobgood e avançou com uma somatória de 16,73, contra 15,20 do rival. Adrian Buchan ficou com 12,46, em último lugar na disputa.
Para fechar a fase, as duas melhores somas do dia. O australiano Joel Parkinson chegou a 18,06 e superou por pouco o compatriota Julian Wilson, que cravou 17,77 e caiu para a repescagem. Mesmo destino teve o bicampeão mundial Mick Fanning, que ficou em último com 15,50.
Resultados da quarta fase:
1. Adriano de Souza (BRA) 16.33, Jeremy Flores (FRA) 12.23, Taj Burrow (AUS) 15.93
2. Kelly Slater (EUA) 15.90, Josh Kerr (AUS) 12.60, Heitor Alves (BRA) 11.77
3. Owen Wright (AUS) 16,73, Damien Hobgood (EUA) 15,20, Adrian Buchan (AUS) 12,46
4. Joel Parkinson (AUS) 18,06, Julian Wilson (AUS) 17,77, Mick Fanning (AUS) 15,50
Repescagem:
1. Taj Burrow (AUS), Heitor Alves (BRA)
2. Josh Kerr (AUS), Jeremy Flores (FRA)
3. Damien Hobgood (EUA), Mick Fanning (AUS)
4. Julian Wilson (AUS), Adrian Buchan (AUS)