Aumento no número de surfistas na competição da divisão de acesso anima comerciantes catarinenses. Etapa começa uma semana depois do Rio Pro
Antes conhecida pelas fábricas de carvão, quase uma cidade-fantasma, Imbituba (SC) entrou no calendário do Circuito Mundial de surfe em 2003 e, desde então, se transformou. Mas se engana quem pensa que a perda da única etapa brasileira – neste ano volta ao Rio de Janeiro – significará prejuízos. A “troca” por um campeonato seis estrelas prime da divisão de acesso, acreditam os comerciantes, vai render ainda mais aos cofres.
A ICC fechou em meados dos anos 90, e a cidade foi, aos poucos, recuperando o verde. Em 2003, uma semana de flat fez com que os organizadores do Mundial levassem a etapa de Florianópolis para lá, 90km ao sul. E a pequena e pacata Imbituba, que sempre salvava com suas ondas, acabou virando principal sede do campeonato.
Sônia vai sentir saudade os tops do circuito. Foi em seu hotel, por exemplo, que Mick Fanning, anos atrás, saiu do quarto vestido de biquíni e foi até o bar para fazer os amigos rirem. Mas, quando chegou lá, não havia mais ninguém. A história foi parar em um livro publicado pelo australiano no ano passado.
- Não ter a etapa do Mundial é sempre uma perda. Mas o número de atletas é bem
maior. O lucro será igual ou maior. Talvez seja até maior. Já estamos recebendo reservas de muitos brasileiros.
Praia da Vila, em Imbituba, ex-sede da etapa brasileira do Circuito Mundial (Foto: Divulgação / ASP) |
Trata-se de uma conta simples. O Mundial de surfe recebia, até o ano passado, 48 competidores – neste, o número caiu para 36. Já o WQS terá no mínimo 120 surfistas em busca de parte dos US$ 250 mil de premiação.
Preferido do australiano bicampeão Mick Fanning e alguns dos tops, o Imbituba Praia Hotel tenta achar contatos de surfistas que disputam o WQS para enviar, online, as tarifas do “pacote”. A etapa começa no dia 30 de maio, uma semana após o término do WT do Rio – de 11 a 22.
Há dois anos, por conta do crescimento da cidade, o Praia Hotel passou por uma reforma. Agora, os surfistas podem, de um mirante, conferir as condições do mar no pico em frente ao palanque do campeonato.
- A cidade cresceu, há novas empresas. Dizem que, daqui a cinco anos, Imbituba será um polo – diz Sônia da Rosa, gerente do hotel.
O fato é que, desde que começou a receber campeonatos, Imbituba ganhou de volta o prestígio que tinha na década de 70, quando era procurada por surfistas de toda Santa Catarina. Prestígio este que se afundou em uma onda cinza em 1979, quando foi criada a Indústria Carboquímica Catarinense (ICC).Preferido do australiano bicampeão Mick Fanning e alguns dos tops, o Imbituba Praia Hotel tenta achar contatos de surfistas que disputam o WQS para enviar, online, as tarifas do “pacote”. A etapa começa no dia 30 de maio, uma semana após o término do WT do Rio – de 11 a 22.
Há dois anos, por conta do crescimento da cidade, o Praia Hotel passou por uma reforma. Agora, os surfistas podem, de um mirante, conferir as condições do mar no pico em frente ao palanque do campeonato.
- A cidade cresceu, há novas empresas. Dizem que, daqui a cinco anos, Imbituba será um polo – diz Sônia da Rosa, gerente do hotel.
A ICC fechou em meados dos anos 90, e a cidade foi, aos poucos, recuperando o verde. Em 2003, uma semana de flat fez com que os organizadores do Mundial levassem a etapa de Florianópolis para lá, 90km ao sul. E a pequena e pacata Imbituba, que sempre salvava com suas ondas, acabou virando principal sede do campeonato.
Entrada do Imbituba Praia Hotel (Foto: Divulgação |
)
- Não ter a etapa do Mundial é sempre uma perda. Mas o número de atletas é bem
maior. O lucro será igual ou maior. Talvez seja até maior. Já estamos recebendo reservas de muitos brasileiros.