De olho no céu e nas ondas, organizadores do Rio Pro montam esquema para driblar as dificuldades de usar duas sedes: Barra da Tijuca e Arpoador
Entre montanhas de ferro, pregos e parafusos e sob constante barulho de furadeiras, Daniel Setton comemora a reta final de um trabalho que começou há quase um mês. Ele comanda uma equipe que hoje tem cerca de 20 funcionários, mas, daqui a uma semana, deve chegar a 180. Tudo tem de estar pronto para o início do Rio Pro, campeonato que marca a volta do Circuito Mundial de surfe à cidade do Rio de Janeiro depois de uma década. O desafio? Driblar dificuldades logísticas e climáticas para receber a elite masculina e feminina e tentar reconquistar o público carioca. A janela de espera começa no dia 11 e vai até o dia 22. O SporTV.com vai transmitir ao vivo. Veja mais notícias sobre surfe.
- Aqui é uma vitrine diferente. Lá (em Imbituba) a gente montava o campeonato e quase ninguém via. Aqui no Rio são milhões de pessoas. Compromisso e responsabilidade maiores.
A vitrine a que Dani se refere é uma estrutura de 1.250 metros quadrados, montada sobre a areia da Praia da Barra. Para montá-la, foram necessários oito caminhões de ferro. Trabalho durante dia, noite e madrugada.
- No Rio a velocidade é maior, pois temos que descarregar os caminhões à noite. Então o trabalho começa durante o dia e só termina à noite. A burocracia é maior, mas tem que ser. Do contrário, todo mundo vai querer fazer evento na praia - diz, referindo-se às muitas autorizações exigidas pela prefeitura.
Dani & cia precisaram dar vários jeitinhos para adaptar o palanque a obstáculos “naturais”, como coqueiros e bancos.
- Vai ter coqueiro no primeiro e no segundo andar – conta.
Uma outra dor de cabeça que está por vir é o deslocamento dos atletas. Caso as disputam sejam transferidas da Barra para o Arpoador, os surfistas precisarão de pelo menos três horas para chegar até lá. A organização promete providenciar van e isolar uma área para que eles possam chegar ao palanque sem precisar passar pelo meio do público.
- O problema é que nem todo mundo vai de van. Muitos estarão de carro e vão querer ir por conta própria. Vamos reservar uma área para estacionamento e fazer um corredor pelo parque Garota de Ipanema.
- As condições climáticas preocupam um pouco. Estamos monitorando sempre. Todo evento na praia pega a primeira rajada, o primeiro vento. Estamos preparados.
Apesas das preocupações, tanto Dani quanto Teco torcem para que um dos dias de disputa seja no Arpoador. Torcem mais ainda para que o Rio consiga resgatar algo que os catarinenses defendiam com unhas e dentes.
- Acho que o Rio esqueceu um pouco o que é o surfe. Perdeu aquele orgulho de falar que faz parte dessa tribo, que recebe o Mundial. Vamos recuperar isso agora, tenho certeza - diz Dani.
Palanque do Rio Pro na Barra da Tijuca (Foto: Gabriele Lomba / Globoesporte.com)
Dani fala com a sabedoria de quem passou por poucas e boas nos últimos oito anos. Desde que a única etapa brasileira saiu do estado do Rio de Janeiro – em 2002, foi em Saquarema – e passou a Santa Catarina, ele virou “o" solucionador de problemas. Problemas como uma credencial errada, um fã mais alterado e até um vendaval que destrói todo o palaque.- Aqui é uma vitrine diferente. Lá (em Imbituba) a gente montava o campeonato e quase ninguém via. Aqui no Rio são milhões de pessoas. Compromisso e responsabilidade maiores.
A vitrine a que Dani se refere é uma estrutura de 1.250 metros quadrados, montada sobre a areia da Praia da Barra. Para montá-la, foram necessários oito caminhões de ferro. Trabalho durante dia, noite e madrugada.
- No Rio a velocidade é maior, pois temos que descarregar os caminhões à noite. Então o trabalho começa durante o dia e só termina à noite. A burocracia é maior, mas tem que ser. Do contrário, todo mundo vai querer fazer evento na praia - diz, referindo-se às muitas autorizações exigidas pela prefeitura.
Palanque do Arpoador, entre coqueiros
(Foto: Divulgação / Billabong)
Um dos desafios foi montar o palco do Arpoador, pico de surfe mais querido da cidade. Lá, o espaço físico é pequeno. Segundo Teco Padaratz, dono da etapa, o "Arpex" será um evento "pé no chão".(Foto: Divulgação / Billabong)
Dani & cia precisaram dar vários jeitinhos para adaptar o palanque a obstáculos “naturais”, como coqueiros e bancos.
- Vai ter coqueiro no primeiro e no segundo andar – conta.
Uma outra dor de cabeça que está por vir é o deslocamento dos atletas. Caso as disputam sejam transferidas da Barra para o Arpoador, os surfistas precisarão de pelo menos três horas para chegar até lá. A organização promete providenciar van e isolar uma área para que eles possam chegar ao palanque sem precisar passar pelo meio do público.
- O problema é que nem todo mundo vai de van. Muitos estarão de carro e vão querer ir por conta própria. Vamos reservar uma área para estacionamento e fazer um corredor pelo parque Garota de Ipanema.
Daniel Setton, um dos organizadores do Rio Pro
(Foto: Gabriele Lomba / Globoesporte.com)
Preocupação mesmo está no céu. Durante a montagem do palanque, a equipe enfrentou um temporal, mas nada chegou a comprometer o trabalho. Em 2007, um vendaval destruiu quase toda a estrutura em Imbituba. Por sorte, as ondas não estavam boas naquele dia e houve tempo para remontar tudo.(Foto: Gabriele Lomba / Globoesporte.com)
- As condições climáticas preocupam um pouco. Estamos monitorando sempre. Todo evento na praia pega a primeira rajada, o primeiro vento. Estamos preparados.
Apesas das preocupações, tanto Dani quanto Teco torcem para que um dos dias de disputa seja no Arpoador. Torcem mais ainda para que o Rio consiga resgatar algo que os catarinenses defendiam com unhas e dentes.
- Acho que o Rio esqueceu um pouco o que é o surfe. Perdeu aquele orgulho de falar que faz parte dessa tribo, que recebe o Mundial. Vamos recuperar isso agora, tenho certeza - diz Dani.
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