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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Taj Burrow visita Morro do Cantagalo e assina prancha para ser leiloada

Acompanhado das brasileiras Maya Gabeira e Silvana Lima, australiano visita o Projeto Favela Surf Clube, que recebeu doações de seu patrocinador

Quando colocou os pés no Morro do Cantagalo, Taj Burrow pensou que encontraria um cenário parecido com o que viu no filme "Cidade de Deus". Era aquela a imagem que tinha de uma favela brasileira. Nesta sexta-feira, o surfista australiano ficou surpreso ao encontrar circunstâncias diferentes da que tinha em mente, durante a visita ao Favela Surf Clube. Na companhia de Maya Gabeira e Silvana Lima, ele foi entregar os dez blocos doados pelo patrocinador e  assinou uma prancha, que ainda será autografada pelos demais competidores do Rio Pro, terceira etapa do Circuito Mundial, e  leiloada na internet até o fim do evento. O lance mínimo é de R$1.000, e a renda será revertida ao projeto social.
- Aqui é muito bonito, é coisa de doido. A situação é difícil, mas é bonito demais. Há alguns anos visitei uma favela na África do Sul, mas lá era em terreno plano, sem essa vista. É muito legal dar oportunidade para essas crianças de fazer surfe e outros esportes. O importante é vê-las felizes e saudáveis - disse Taj.
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taj burrow surfe (Foto: Divulgação)Maya Gabeira, Silvana Lima e Taj Burrow e as crianças do projeto do Cantagalo (Foto: Divulgação)
Maya transita bem pela comunidade. Aprendeu a surfar com pessoas do Cantagalo, na escolinha de Paulo Dolabella no Arpoador, sem imaginar que se mais tarde teria quatro títulos do XXL, o “Oscar” das ondas grandes.
taj burrow surfe (Foto: Divulgação)Taj Burrow  (à direita), assina prancha que será
leiloada na internet (Foto: Divulgação)
- É importante que essas crianças vejam que é possível ter uma vida melhor através do surfe. Mesmo que eu tenha morado sempre na Zona Sul, aprendi a surfar com as pessoas daqui da comunidade. O Simão Romão cresceu aqui e também é uma figura importante para eles. Todos são bastante instruídos sobre a importância da educação através do esporte - afirmou Maya, uma das convidadas do Rio Pro.
Silvana Lima foi uma que viu a vida tomar outro rumo graças a uma prancha. E fez questão de lembrar os tempos difíceis de sua infância para inspirar as crianças e adolescentes.
- Eu não tinha nem o que comer direito. Quando voltava da aula, pegava fruta e tentava vender para levar dinheiro para casa. Agarrei a oportunidade do surfe e quando vim para o Rio consegui caminhar com as próprias pernas. Que vocês sigam este exemplo porque hoje estou entre as top. Já fui vice mundial duas vezes, mas brasileiro não desiste nunca e vou lutar até o fim da carreira - disse a cearense, que deu uma de suas pranchas para Rômulo, de 16 anos.
Além do exemplo para os futuros surfistas, Maya Gabeira considera importante também a mudança de olhar que os atletas do Circuito têm com relação à cidade após visitas assim.
-  Eles têm medo, mas quando chegam aqui vêm que a coisa  é diferente. O Taj, por exemplo, não vinha ao Rio há uns oito anos e não acompanhou as mudancas na cidade. Eles saem daqui com impressão positiva e levam isso para fora.

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