O carioca Tiago Candelot é um dos finalistas do concurso Billabong XXL Global Big Wave Awards 2011.
Morador da ilha de Maui há mais de cinco anos, Candelot disputa o prêmio Verizon Wipeout, que premia em US$ 2 mil o surfista que levou a pior vaca da temporada.
O brazuca foi derrubado por uma bomba em Jaws, Hawaii. Seus adversários são o catarinense Everaldo "Pato" Teixeira e os australianos Laurie Towner, Mark Matthews e Ben Wilkinson.
Logo depois de formar-se em Administração de Empresas na PUC-Rio, Candelot tinha como meta passar alguns meses na ilha de Maui e depois ir para a Europa fazer mestrado.
Na data da viagem para a Inglaterra, encontrou alguns amigos que estavam indo ao Tahiti passar dois meses surfando e foi aí que todo o plano acabou, ou tudo começou?
Tiago passou dois meses surfando as poderosas ondas de Teahupoo e resolveu então voltar de vez para o arquipélago havaiano.
Aprimorou seu surf, mergulho, aprendeu a velejar e a trabalhar pesado. Começou trabalhando com jardinagem e lavando pratos em restaurantes.
Hoje tem sua própria empresa de landscaping e é chefe de cozinha de um dos restaurantes mais apreciados na cidade onde vive, o North Shore, em Maui. Sempre sorrindo e parceiro na água pra qualquer hora, com vento ou sem vento, com mar grande ou pequeno.
Você está sendo apontado como favorito a levar o título da maior vaca do ano no Billabong XXL, em uma onda enorme em Jaws! Em que modalidade estava surfando nesse dia? Paddle ou tow-surf? O que acha da sua participação no prêmio?
Nesse dia, eu estava fazendo tow-In. Sobre a participação no Billabong, eu estou amarradão! Ainda mais de estar presente em um evento no qual concorrem surfistas que eu sempre admirei como Shane Dorian, Mark Healey, Mark Matthews e Danilo Couto. No início não sabia se ficava triste ou feliz. Tinha mandado umas outras fotos para concorrer na categoria de maior onda, mas não foram aceitas. Uma vaca significa um fracasso, fiquei um pouco receoso de concorrer nesta categoria. Mas, no big surf, para pegarmos a maior da série estamos expostos à maior vaca também. Então, encarei como um reconhecimento pelo trabalho que tenho feito. No início da temporada, uma das minhas metas era não perder nenhum swell em Pe'ahi (Jaws). Além do mais, US$ 2 mil caíriam muito bem na minha conta bancária.
Como foi para você a temporada em Jaws?
Foi a minha melhor temporada. Apesar de não ter tido nenhum swell gigantesco, tivemos diversos dias com um bom tamanho. Tive a oportunidade de remar com meus amigos e estar presente em sessões épicas de surf na remada. Tive a oportunidade de treinar com diversos parceiros diferentes no tow-in e realizei um sonho, que foi fazer kite em Pe'ahi.
A remada tem sido destaque nos últimos swells em Jaws. Como você analisa isso junto com o tow-in?
São duas modalidades completamente diferentes. A remada sempre será a essência do surf. Entrar na onda com seu próprio esforço é algo sublime. Mas, para entrarmos nessa onda, necessitamos de pranchas gigantes, o que torna o surf muito lento. Com pranchas menores com alça, o surf fica mais divertido e arrojado. O fator segurança também deve ser analisado. No tow-in, além de se usar colete salva-vidas grosso, tem um parceiro motorizado olhando por ti. Na remada, coletes bons que realmente flutuam estão começando a ser testados. E, com certeza, alguém de jet-ski no canal nos dias grandes é importante para as sessions de remada. Apesar de eu pegar cinco vezes mais onda numa sessão de tow, ainda valorizo mais uma sessão de surf na remada.
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