Eles participaram de combates da Faixa de Gaza e também no Líbano
Eles foram trazidos ao Brasil por uma organização israelense que dá assistência a vítimas de terrorismo e por uma outra judaica brasileira. Surpreenderam-se com o sabor do açaí e com as praias da Cidade Maravilhosa.
Na Praia da Macumba, os ex-soldados encontraram com a turma do surfe. Matan e Tom foram os primeiros a aprender os movimentos do esporte com Rico de Souza.
- Acho que o esporte de uma forma geral é uma coisa que une os povos, une as culturas. Tem um ditado que diz: "Um dia de surfe cura qualquer coisa". Não tem nada que um dia de surfe não cure - disse Rico.
Matan fazia parte de uma unidade que rastreava terroristas e explosivos na Faixa de Gaza em 2002. Aos 21 anos, passou sobre uma carga de bombas. Perdeu parte da perna esquerda e adquiriu uma doença que afeta os nervos do corpo. Tom participou da segunda guerra do Líbano em 2006. Ele estava em um prédio atingido por três mísseis lançados pelo grupo terrorista Hezbollah. Estilhaços entraram na cabeça, na barriga e no braço.
Mas em um Rio com sol, por alguns minutos, a maior preocupação deles foi conseguir se equilibrar em cima de uma prancha de surfe. O desafio não era vencer as ondas, e sim encontrar a harmonia entre corpo e natureza.
- Vivo, vivo. Foi bom, maravilhoso - responde Matan sobre como está se sentindo.
Depois da aula de surfe, os ex-soldados foram para outra aventura, desta vez no topo da Pedra Bonita. As limitações físicas não impediram que chegassem na ponta para ter a melhor vista. Os corações, assim como nas guerras, dispararam. Mas desta vez era por felicidade.
- Quis trazê-los aqui para mostrar a beleza do Brasil e da comunidade brasileira, especialmente a judaica, para dar a eles uma reabilitação, um conforto. Eles já estão se sentindo melhor, isso traz memórias positivas, tirando o trauma antigo - explicou o rabino Noah Gansburg.
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