Artista, intelectual e um dos pioneiros do surf no Brasil, Mario da Costa faleceu no começo deste mês de setembro no Rio de Janeiro (RJ).
Conheci e fiquei amigo do Mario em 1966 durante um curso de salva-vidas. Ele era skatista e logo se interessou pelo surf, esporte que eu praticava desde 62.
O cara falava inglês e conhecia alguns dos maiores desenhistas undergrounds do mundo. Com ele e nosso amigo Luis Pastor, fiz minha primeira viagem de surf. Passamos duas semanas em Cabo Frio (RJ), com direito a intermináveis nose riders na praia do Forte.
No ano seguinte, descemos para o Guarujá (SP). Depois de fazer amizade com os poucos surfistas locais, fomos convidados para organizar o primeiro Campeonato Paulista de Surf da história. Além de organizadores seríamos juízes e por dois anos o Guarujá foi nosso destino de férias.
Mario foi um dos primeiros surfistas a residir em Guaratiba (RJ). Junto com Penho, Maracá e Caneca, morou, surfou e fez pranchas naquela distante e maravilhosa praia. Mudou-se para Saquarema no final dos anos 70 e foi lá que viveu até o ano passado, quando voltou para o Rio, onde mais uma vez trabalhamos juntos no meu atelier.
Era um artesão exímio do silk-screen, arte que minha mãe nos ensinou e ele desenvolveu com perfeição. Por sinal, foi dele o cartaz do Primeiro Campeonato de Surf no Píer em 1972.
Mestre no computador, estava sempre disposto a ajudar. Refez minha página na internet e resolvia meus problemas com a máquina.
Sem aviso, numa velocidade impensável, nos deixou para viver com os anjos. Mas tenho certeza, ainda vamos nos encontrar, querido irmão. Por enquanto, fica a saudade e a alegria destes anos de convivência.
Namaste, irmão! Namaste!
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